Reportagem do dia 24 de agosto mostrava dois presos no solário ...
A Delegacia de Plantão da zona Sul é o reflexo do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. Há hoje uma demanda reprimida de 4 mil vagas, o que explica a superlotação em todas as unidades prisionais da Grande Natal e na maioria daquelas situadas no interior do Rio Grande do Norte. A informação tem como fonte o titular da Coordenadoria de Administração Penitenciária Estadual, José Olímpio da Silva, que revelou existirem em todo o RN 5.767 presos se espremendo em apenas 2085 vagas disponibilizadas pelo setor.
"Está tudo lotado e a tendência é piorar enquanto novas vagas não forem criadas com a construção de outras unidades e o fim das obras naquelas que foram iniciadas", prevê o agente penitenciário. Dentre aqueles que surgem como bálsamo para a ferida social que se tornou a superlotação de cadeias públicas, presídios e centros de detenção provisória, estão o prédio da antiga Delegacia Especializada na Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov), na zona Norte da capital, que vem sendo preparado para receber 100 presos provisórios. O novo pavilhão de Alcaçuz cuja estrutura deve permitir a absorção de mais 402 presos condenados deve, à curto prazo, ser um paliativo para o problema mencionado.
A situação apresentada por Olímpio na ponta do lápis, é assustadora. Somente nos Centros de Detenção Provisória da Grande Natal existem hoje 874 pessoas em conflito com a lei à espera de julgamento, quando o limite de vagas corresponde a 355 lugares.
"Está tudo lotado e a tendência é piorar enquanto novas vagas não forem criadas com a construção de outras unidades e o fim das obras naquelas que foram iniciadas", prevê o agente penitenciário. Dentre aqueles que surgem como bálsamo para a ferida social que se tornou a superlotação de cadeias públicas, presídios e centros de detenção provisória, estão o prédio da antiga Delegacia Especializada na Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov), na zona Norte da capital, que vem sendo preparado para receber 100 presos provisórios. O novo pavilhão de Alcaçuz cuja estrutura deve permitir a absorção de mais 402 presos condenados deve, à curto prazo, ser um paliativo para o problema mencionado.
A situação apresentada por Olímpio na ponta do lápis, é assustadora. Somente nos Centros de Detenção Provisória da Grande Natal existem hoje 874 pessoas em conflito com a lei à espera de julgamento, quando o limite de vagas corresponde a 355 lugares.
Não há solução em curto prazo anunciada. Na manhã desta quarta-feira (07) a delegacia de Plantão da zona Sul tinha 53 presos custodiados entre uma cela na qual estavam 32 presos - espaço onde caberiam apenas 10 pessoas - e o solário, no qual 21 homens esperavam por uma decisão judicial que determinasse um novo endereço. A situação da DP é precária há vários meses. A TRIBUNA DO NORTE já publicou várias reportagens mostrando detentos presos a motocicletas ou em corredores por falta de vagas. E nesse período ,a situação só piora.
...ontem, por falta de espaço na cela, 21 homens dividiam o espaço
Mesmo diante do desconforto e risco, aqueles profissionais que lidam diretamente com tal cenário - os policiais civis em desvio de conduta, uma vez que alguns atuam como agentes penitenciários - aceitam falar sobre o assunto sob a condição de ter a identidade preservada. Um agente da polícia Civil relata que a presença dos detentos no local prejudica o serviço prestado a população, uma vez que a atenção dos que ali permanecem em serviço tem de ser dividida entre presos e os que buscam a delegacia. "Isso aqui é uma bomba relógio prestes a explodir", ilustrou o APC.
Fonte: Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário