Normalmente, quando os militares testam um protótipo de artilharia,
eles usam o método direto — atiram-no em uma parede usando um canhão e
gravam o que acontece. Mas esse é um método custoso e destrutivo. Um
novo, desenvolvido por estudantes da Universidade Rice, porém, talvez
revolucione a forma com que a Força Aérea testa as suas grandes armas.
A Força Aérea precisava de um meio de parar projéteis de alta
velocidade sem destruí-los para que fosse possível estudar a
desaceleração do projétil mais de uma vez. O time do CADET (Controllable
Acceleration-Deceleration Equipment Tester), da Universidade Rice,
liderado pelo conselheiro Andrew Dick, professor assistente de
engenharia mecânica, concebeu tal método — usando um aquário, um
estilingue e alguns pedaços de madeira.
O protótipo do dispositivo tem uma pista de 4,3 metros capaz de
sustentar a desaceleração do projétil por pelo menos 10 milissegundos.
Uma tubulação milimétrica para o estilingue montada em uma das pontas da
pista dispara — neste caso, um cilindro de alumínio oco com um
acelerômetro embutido — faz seu caminho a 80,5 km/h. Na outra ponta, um
tanque de água suspenso acima da pista despeja seu conteúdo através de
um funil em formato de “V”. Este produz uma camada de água que desce
paralela à pista. Na medida em que o projétil passa pela corrente de
água (pense em uma bala atingindo a borda fina de um pedaço de papel e
cortando a folha ao meio), a fricção entre os dois diminui a velocidade
de modo que ela possa ser capturada com segurança na unidade receptora —
no caso, uma espécie de balde forrado com espuma e material de esteiras
de yoga.
“Nada é destruído. Você apenas enche o tanque com água novamente e recarrega o estilingue,” disse à R&D Mag
Duncan Eddy, estudante do penúltimo ano de engenharia mecânica e membro
do time de design CADET. O protótipo está, obviamente, em estágio
inicial, entretanto o time está confiante de que ele poderá ser
aumentado para acomodar a maior artilharia do arsenal da Força Aérea. No
momento os militares ponderam a possibilidade de aprimorar o
desenvolvimento da tecnologia. [Universidade Rice - R&D Mag]
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