O Google Maps anunciou que está disponibilizando mapas offline para
dispositivos móveis, demonstrou uma nova câmera do Street View carregada
por uma pessoa e teve suas capacidades 3D aperfeiçoadas dos seus mapas
graças a novos dados aéreos. É uma reformulação das grandes, uma que vem
no momento em que se suspeita fortemente que o Google esteja prestes a
perder uma das seus maiores parceiras.
Os usuários podem acessar um mapa antes e selecionar uma opção para
“torná-lo disponível offline.” O Google Maps então indicará o quanto de
dados que a ação requisitará e o mapa será baixado automaticamente para o
dispositivo. Para os que têm bússola, os mapas se orientarão
automaticamente sem que o 3G ou Wi-Fi precisem estar ativos. O Google
diz que esse é um dos benefícios de fazer seus próprios mapas. Nenhuma
data concreta foi revelada, mas a empresa disse que “chega em breve para
o Android.” Brian McClendon, que cuida do grupo de geografia do Google,
acrescentou que está “trabalhando duro” para levar isso a todas as
plataformas.
Luc Vincent, que deu início ao Google Street View com seus 20% de
tempo destinado a projetos pessoais, descreveu como a empresa expandiu o
Street View para incluir triciclos, snowmobiles e carrinhos que o
permite mostrar visões de tudo, de passarelas de universidades e museus
de arte. Hoje ele mostrou uma câmera do Street View montada em uma
pessoa a qual chamou de Trekker. Ela se é montada nas costas do usuário e
conecta-se a um smartphone Android para filmar coisas como o Grand
Canyon e castelos.
O Google também está melhorando a forma com que seus gráficos 3D são
exibidos graças a uma tecnologia de voo nas alturas. Ela usa câmeras
montadas nas asas de aviões que tiram fotos em um ângulo de 45º e
diretamente de cima, de múltiplas direções. Essas imagens são
reconstruídas em um processo chamado estereofotogrametria para criar
malhas que permitem a renderização de cenas 3D fotorrealistas. O Google
apresentou uma visão impressionante disso rodando no Google Earth do
iPad, onde foi possível ver todos os prédios do centro de San Francisco,
completamente modelados em 3D. Chega em breve para Android e iOS.
O evento começou com McClendon contando uma longa história dos
produtos de mapas do Google e descrevendo seus três princípios:
abrangência, precisão e usabilidade. Ele notou que, hoje, 75% de todas
as pessoas do mundo podem ver as suas casas em alta resolução e o Google
tem 187 países e quase 42 milhões de quilômetros de estradas mapeadas
com direções. E ele tem até mapas de ambientes internos agora, para
ajuda as pessoas a se localizarem em estações de metrô e cassinos
cavernosos. Esse foco em abrangência parece ser uma sutil tentativa de
se diferenciar de qualquer coisa em mapas que a Apple venha a
apresentar.
Na sua conferência focada para desenvolvedores da semana que vem, a WWDC, espera-se muito que a Apple anuncie a remoção do Google Maps da próxima versão do iOS em favor de seu próprio sistema,
completo com mapas 3D. Isso talvez explique o porquê de o Google está
fazendo esse grande anúncio antes da conferência Google I/O, no fim do
mês.
Quando perguntado diretamente sobre isso, McClendon basicamente falou
sobre com o Google Maps é ótimo. Mas parece que apesar de todos esses
anúncios, mais o histórico de coisas que o Google vem fazendo ao redor
do mundo (como trabalhar com tribos indígenas na Amazônia), tudo o que
os jornalistas queriam saber sobre na sessão de perguntas e respostas
era Apple.
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