A cerca de dez dias da abertura da tradicional Feira do Milho, a oferta
do produto é ainda escassa e a previsão é de preços mais altos. Com a
estiagem, apenas os produtores que contam com sistema de irrigação tem o
produto para vender. A estimativa é que na próxima semana a mão, com 50
espigas - até ontem encontrada a R$ 25,00 - seja comercializada entre
R$ 30 e R$ 35. A variação é baixa em relação aos valores praticados no
último ano e ainda não é sentida pelos consumidores.
Na manhã de
ontem, na Ceasa, poucos comerciantes tinham o produto para oferecer.
José Luiz Herculano, mais conhecido como 'Neguinho do Milho", começou a
vender há cerca de uma semana. O milho vem de Jandaíra, Touros e da
Paraíba. "Estamos recebendo o milheiro (mil unidades) a R$ 250, já está
caro e a tendência é aumentar. Porque não tem chuva e a gente só
encontrar o milho irrigado", disse.
O aposentado Manoel Alves, 68 anos, que fazia compras na anhã de ontem,
espera que o aumento nos preços sejam mais significativos com a
proximidade das festas juninas. "Com a produção prejudicada o preço
sobe. Ano passado, a essa época, já víamos pilhas de milho em toda
cidade", observa.
A estiagem já prejudica outros produtos, como o
feijão verde, campeão entre as reclamações dos consumidores. O quilo do
produto é comercializado por até R$ 10. vendedora na Ceasa há 18 anos,
Maria Lopes, de 63 anos, disse que não compensa a venda do produto. Ano
passado, o feijão verde na vargem era repassado a média de R$ 0,50 a R$
0,80, há dois meses, conta Maria Lopes, o preço subiu para R$ 2,50, o
quilo. "Só estou com feijão para manter a clientela, mas o custo está
muito alto. O pessoal passa, reclama e não leva e a gente tem prejuízo",
disse.
Uma das preocupações da Ceasa na realização da feira
este ano foi o período de duração da feira. Programada inicialmente para
começar no dia 10, a abertura passou para o próximo dia 15 e segue até
30 de junho. A previsão é de oferta reduzida do milho, devido a seca em
várias regiões produtoras. Os interessados em montar uma barraca na
Feira do Milho 2012 devem procurar a gerência comercial da Ceasa-RN.
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