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sábado, 30 de julho de 2011

Hospital Walfredo Gurgel: sobrecarga de trabalho

Uma média de 16 pacientes é quanto um atendente de enfermagem tem para dar conta, todos os dias, no superlotado  Hospital Walfredo Gurgel. "Isso dá 128 movimentos durante a verificação de sinais vitais dos pacientes que ficam aos cuidados da gente ", diz a técnica de enfermagem Ângela Ramos.
Aldair dantasOntem, 62 pacientes estavam internados nos corredores do HWGOntem, 62 pacientes estavam internados nos corredores do HWG

Esse número de movimento aumenta muito mais, segundo ela, quando se trata de verificar os sinais vitais de pacientes que aguardam uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), porque ai a verificação "ocorre de duas em duas horas" e não duas vezes por dia em reação a pacientes de menor gravidade, que precisam de observação quanto a pressão arterial, temperatura, frequencia cardiaca (pulso) e frequencia respiratória.

Ângela Ramos diz que dos 1.870 profissionais do HWG, apenas 20 são enfermeiros e 120 são técnicos de enfermagem, número insuficiente para atender a demanda do hospital, que tinha 67 pacientes instalados nos corredores anteontem. Por conta da sobrecarga de trabalho, afirma ela, muitos profissionais estão sendo acometidos de doenças profissionais, como pressão arterial e LER.

Outra atendente de enfermagem, Ana Paula da Silva Soares diz que todos os problemas enfrentados pelos profissionais "já são de conhecimento das autoridades", mas até agora nenhuma medida foi tomada, por isso, apelam também para o Conselho Regional de Enfermagem  uma tomada de providências . As atendentes de enfermagem lembram que dos 800 profissionais concursados, o governo estadual ainda precisa chamar uns 300, sendo que o déficit no HWG fica em torno de 200 profissionais.

A presidente do Coren, Alzirene Nunes de Carvalho, disse que essa questão já foi bastante discutida com o governo, que alega a limitação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para não convocar os concursados. Segundo ela, uma medida que podia ser tomada, era a interdição profissional dos técnicos de enfermagem, uma providência drástica que o Coren não decidiu, ainda, "porque os mais prejudicados e penalizados" acabaria sendo a população.

Fonte: Tribuna do Norte

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