00:00:00

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ceasa espera comercializar mais de 2,1 milhões de espigas de milho

O São João está nas ruas e com ele delícias como canjica, pamonha e manguzá estão nas mesas potiguares. Mas afinal, onde é possível encontrar milho no melhor preço na capital para preparar as iguarias típicas dos festejos juninos? Por toda Natal o cereal é vendido em grandes quantidades, o que eleva a expectativa das Centrais de Abastecimento do RN (Ceasa), aumentando o teor de comercialização para aproximadamente 2,1 milhões de espigas. "A safra deste ano foi muito boa. As chuvas contribuíram bastante para que uma boa colheita acontecesse", afirmou o presidente da Ceasa, José Adécio.

Como de costume, por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João, e a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras, já que o sucesso das plantações interfere diretamente no valor de comercialização do produto. De acordo com José Adécio, o volume financeiro gerado com a comercialização do milho no ano passado foi de aproximadamente R$ 628 milhões. "A aposta para este ano é que sejam arrecadados R$ 800 milhões, o mesmo volume financeiro de 2009. É um resgate que viabiliza beneficiar todos os produtores e comerciantes envolvidos", disse.

A 9ª edição da Feira do Milho, patrocinada com recursos próprios da Ceasa, ocorre no pátio externo do Centro de Comercialização da Agricultura Familiar desde o dia 10 de junho, beneficiando 50 produtores de milho e 25 comerciantes, distribuídos nos locais de comercialização, a expectativa da Ceasa para este ano é de fornecer milho para 50 mil consumidores. A feira conta ainda com apresentações juninas, quadrilhas e forró pé de serra durante a noite.

A procura pelo milho já é considerada grande em pleno início do período junino. Segundo os comerciantes, as vendas vêm superando diariamente as metas previstas e as expectativas para que o estoque seja todo comercializado até o fim de Feira do Milho são elevadas. São vários preços e diversos tipos de milho, de diferentes qualidades, tamanhos e origens.

Em média, a mão do milho, que equivale a 50 espigas de milho, está sendo comercializada na faixa média de R$ 25, saindo cada unidade a R$ 0,50. Para o comerciante Antônio Ribeiro, 45, o lucro tende a ser o mesmo do ano passado, visto que ele compra a unidade a R$ 0,30, saindo o milheiro (mil espigas) por R$ 300.

"A cada mil espigas que eu vender, eu vou lucrar R$ 200. Dos 70 milheiros que comprei este ano, já deixei aqui no ponto de vendas 14 milheiros. Desde o início da feira vendi sete milheiros", relatou o comerciante. Com o aumento da procura nas próximas duas semanas, as vendas tendem a aumentar consideravelmente, garantindo a totalidade de lucro para o vendedor.

Já para o produtor e comerciante Ismar Fernandes, 51, do Assentamento Vale do Milho, em São José do Mipibu, a sua produção deste ano foi de 200 milheiros. "Já vendi 80 milheiros desde a colheita, mas também vendo em feiras e em outros pontos", disse. "Só tenho a reclamar da falta de propaganda prometida pelo Governo do Estado que tinha por objetivo divulgar mais abertamente a nossa feira. Falo isso como forma de cobrança para que venha a melhorar no próximo ano", acrescentou, reclamando, o produtor.

Para a Ceasa, a propaganda realizada pelas notificações e reportagens da imprensa e pelo boca a boca da população são mais do que suficientes para que o sucesso da comercialização seja garantido. "A Ceasa investiu em todo trabalho de execução da Feira cerca de R$ 30 milhões. Para um investimento assim, temos que estar muito seguros de que o sucesso das vendas será inevitavelmente atingido", argumenta José Adécio.

fonte: Diario de Natal

Nenhum comentário:

Postar um comentário